Exhibition

50 anos de Abril na SNBA

12 Mar 2024 – 20 Apr 2024

Regular hours

Tuesday
12:00 – 19:00
Wednesday
12:00 – 19:00
Thursday
12:00 – 19:00
Friday
12:00 – 19:00
Saturday
14:00 – 19:00

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A SNBA, associação interventiva e mobilizadora, invoca o aniversário da Revolução com a exposição de obras de cerca de 50 associados. Cada autor fez a escolha da sua obra com liberdade, para uma invocação partilhada.

About

O 25 de abril em aniversário permite um olhar sobre a identidade da SNBA. 
Desde a origem da SNBA que se procuraram mudanças, na Sociedade Promotora de Belas Artes, que em 1861 é alternativa à exposição trienal da Academia. 
Vinte anos depois Silva Porto expõe com os seus alunos os “Quadros Modernos” no chamado “Grupo do Leão.” Assim a sua nova associação, o Grémio Artístico, de 1885, se fundirá, em 1901 com a Sociedade Promotora, originando-se a Sociedade Nacional de Belas Artes. Com a sede, de 1913, estamos na época de ouro dos Salões. 
Em 1921, a polémica estala no Chiado com o “Comício dos Novos” visando a falta de abertura da SNBA aos modernistas.
Já em 1925 um dos Novos, Eduardo Viana, cria o Salão de Outono e, em 1930, António Pedro cria o Salão dos Independentes, repetido no ano seguinte.
Em 1945, no pós-guerra, o novo partido (M.U.D.) tem como ativistas muitos estudantes de Belas Artes. Com o apoio dos sócios mais antigos organizam as famosas Exposições Gerais de Artes Plásticas (EGAP) desde 1946 a 1956. 
Na EGAP de 1947 são apreendidos pela PIDE 11 quadros de Júlio Pomar, Lima de Freitas, Maria Keil, Louro de Almeida, Mário Dionisio, entre outros.
Em 1948, na 3ª EGAP, os Surrealistas anunciam a retirada de 41 trabalhos: contra a censura. E em abril de 1952, Eduardo Malta ofende José Dias Coelho em assembleia, e mede forças com os fundadores republicanos. Malta expulso de associado, e logo é decretado o encerramento da SNBA, quase um ano. 
O ciclo das EGAP encerra após 10 exposições anuais, até 1956. Em 1956 tem-se a “Exposição dos Artistas de Hoje” por José-Augusto França, logo seguida, em 1957, da Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, que decorre na SNBA. 
Em 1965 os cursos da SNBA são reformulados, por J-A. França, passando a designar-se Cursos de Formação Artística, com novidades: o design, a sociologia, a estética. É deste período a Galeria de Arte Moderna, na cave, onde expõe pela primeira vez Paula Rego, entre outros. 


Logo após a revolução de 25 de abril de 1974, a partir de maio, a SNBA vai acolher reuniões plenárias de artistas, propondo linhas de política cultural. Forma-se aqui o Movimento Democrático dos Artistas Plásticos, e executa-se a 10 de junho no mercado da Primavera, em Belém, um painel coletivo com 4,5 m x 24 m. Participam 48 artistas: Teresa Dias Coelho, Sá Nogueira, João Abel Manta, Júlio Pereira, Henrique Manuel, Palolo, Artur Rosa, Ângelo de Sousa, Nuno Sampaio, Lima de Carvalho, Teresa Magalhães, Guilherme Parente, Fátima Vaz, Manuel Pires, René Bertholo, João Vieira, Jorge Martins, Querubim Lapa, Manuel Baptista, Ana Vieira, Charrua, Helena Almeida, Costa Pinheiro, Jorge Pinheiro, Pomar, David Evans, Alice Jorge, Nadal, Fernando Azevedo, Vespeira, Rogério Ribeiro, Escada, Victor Palla, Tomás Mateus, António Domingues, Menez, António Sena, Justino Alves, Eurico, Sérgio Pombo, Moniz Pereira, Nikias, Victor Fortes, Jorge Vieira, Nery, Maria Velez, António Mendes e Carlos Calvet. Por entre os vários slogans escritos pelos artistas aqui e ali, António Mendes escreveu “se o 25 de abril se tivesse vindo quando devia, aqui estaria o Pavia” [Manuel Ribeiro de]
Foi relevante, em 1975, a retrospetiva do escultor José Dias Coelho, que fora assassinado a tiro nas ruas de Alcântara por dois agentes da PIDE, em 1961. 
A presente exposição, invocadora de 50 anos de 25 de abril na SNBA, dirigiu-se aos associados efetivos que permanecem ligados à SNBA, habilitados com formação específica em arte, e com um percurso de intervenção ao longo destas décadas. Artistas que tomaram a SNBA como ponte para a sua mensagem, e aqui são acolhidos de novo entre iguais. 
É também uma forma de manifestar o apreço e a gratidão por um longo percurso que se adianta no futuro.  José Paulo Queiroz.
 

CuratorsToggle

Jaime Silva

João Paulo Queiroz

Exhibiting artistsToggle

Álvaro Carneiro

Zulmiro de Carvalho

Sofia Areal

Sérgio Pinhão

Sara Maia

Renée Gagnon

Pedro Saraiva

Pedro Calapez

Pedro Almeida

Paulo Quintas

Maria José Oliveira

Maria Gabriel

Manuel Vilarinho

Manuel San-Payo

Manuel Gantes

Man Ray

Luís Paulo Costa

Lima Carvalho

José João Brito

José de Guimarães

José Aurélio

João Paulo Queiroz

João Oom

João Duarte

João Abel Manta

Jaime Silva

Isabel Sabino

Ilídio Salteiro

Guilherme Parente

Grupo Puzzle

Gracinda Candeias

Francisco Aquino

Filipe Rocha da Silva

Fernando Cruz

Emília Nadal

Elsa Gonçalves

Dora Iva Rita

António Carmo

Ana Wever

Ana Velez

Ana M. Araújo Pessanha

Ana Lima-Netto

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